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Domingo, 7 de Agosto de 2005

Abandonos





Peço desculpa por não ter escrito nada por tanto tempo, mas a minha internet andava estranha...

Esta é a altura do ano em que os abandonos de animais, principalmente cães e gatos, atingem os números mais elevados. É impressionante como muitas pessoas não pensam duas vezes ao trocar 15 dias de férias pela companhia leal e eterna dos seus animais e deixam-nos nas ruas à sua sorte. Dizem "Alguem o vai encontrar e adoptar, ele vai ficar bem", quando isto é quase impossível de acontecer...
Aqui vai um texto que reflecte este problema.

"Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.



Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.



Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.



Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d' água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.



Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam o canil, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.



Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.



Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu.



Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado."

Puppydog, 7 Agosto 2005, Coimbra

publicado por blackdrop às 19:57
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8 comentários:
De Anónimo a 18 de Agosto de 2005 às 11:58
deves ser mesmo fanatica para fazer um blog cheio de caeslinoo
</a>
(mailto:lin_mamede@msn.com)
De Anónimo a 11 de Agosto de 2005 às 10:50
Que texto triste, mana. Pois, mas apesar de ser triste, infelizmente é real... pena que não sejam todos como nós, que damos valor a uma cauda a abanar, a um latido, a um olhar abandonado... pode ser que com o teu blog tb ajudes a consciencializar mentes que não sabem o valor de um amigo de 4 patas. Quanto ao cãozinho de ontem, que encontraste a latir e não te deixou dormir... gostei muito de ver o carinho com que o trataste! Espero realmente que ele andasse simplesmente perdido de casa e encontre o caminho de volta... também queria ter ficado com ele. Beijinhos... e obrigada por teres acordado hoje cedo por causa do meu blog... ;) Adoro-te.Kita
(http://azuleazul.blogs.sapo.pt/)
(mailto:tricia20@iol.pt)
De Anónimo a 8 de Agosto de 2005 às 21:00
Obrigado por teres colaborado no P'los Animais, esperamos contar com a tua presença mais vezes neste blog! :) beijinhos*Jose' Dias
(http://plosanimais.blogspot.com)
(mailto:mensageiro_vegan@hotmail.com)
De Anónimo a 8 de Agosto de 2005 às 20:30
realmente isto andava solitário, agora já está com o power todo...lol. eu acho que uma pessoa deve estar consciente antecipadamente se pode ter um animal ou não, ou seja, alimentá-lo, acarinhá-lo e ter ond eo deixar nas férias. se não puder, acho que deveria saber que não o deve adquirir para deposi o diexar ao abandono. é a falta de consciência, pensamento e reflexão que leva ao abandono dos animais. 1001 beijitos..Pensamentos em Branco.
(http://pensamentosembranco.blogs.sapo.pt)
(mailto:anakatcc@hotmail.com)
De Anónimo a 7 de Agosto de 2005 às 22:34
Olá. Gostei muito do teu blog, e fiquei muito contente por saber que também tu lutas por esta causa. E nunca vou conseguir compreender nem perdoar as pessoas que abandonam os seus animais e os fazem passar por todo o sofrimento que esse texto relata. Passarei a visitar-te mais vezes. BjsBia
(http://protectoresanimais.blogs.sapo.pt)
(mailto:apaa_caldas@sapo.pt)
De Anónimo a 7 de Agosto de 2005 às 21:28
Não há texto mais ciente que este. Li-o uma vez e foi o sufiente para perceber isto. Certamente o autor deste grande texto sabe o que é amar os animais, sabe o que os animais sofrem, sabe pelo que eles passam. Bem haja o seu blog e esta bela história real que aqui publicou. É pena que os abandonos continuem a aumentar e que cada vez mais pessoas percam a dignidade pelos actos que cometem. O erro humano deveria ser considerado pela morte indirecta dos animais, como é o caso. E ainda mais irónico é as pessoas abandonarem os animais pensando que eles encontraram um lar que os acolha e que os ame. E bem verdade é que devemos temer a humanidade se Deus é justo. Desculpe o meu alargamento. E mais uma vez BELO POST E BEM HAJAM OS ANIMAIS, OS NOSSOS VERDADEIROS AMIGOS, AQUELES QUE NOS PERDOAM POR MAIS MAL QUE LHES POSSAMOS FAZER!!!Cláudia
(http://www.timon.blogs.sapo.pt)
(mailto:claudiapcs@sapo.pt)
De bMmYqEYxfb a 30 de Agosto de 2007 às 18:46
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De Dog fleas prevention a 11 de Dezembro de 2022 às 02:25
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