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Sábado, 18 de Março de 2006

Um dia triste...

Sexta-feira, dia 10 de Março, foi um dia muito triste...

 

Eram cerca de 6 horas da tarde quando a minha vizinha veio bater à minha porta e disse que estava um gato morto na cave dela, e não sabia se era meu. Pensei logo no Puck que não tinha aparecido para comer. A primeira coisa que fiz foi perguntar-lhe se o gato era amarelo...infelizmente era.

 

O meu pai foi busca-lo e quando chegou cá fora disse com uma voz muito triste: “ele morreu há pouco tempo, ainda está quente...”. De repente pô-lo no chão e disse que, apesar do gato não ter reacção, ainda estava a respirar.

 

Ele devia ter comido alguma coisa envenenada, pois estava a babar-se, tinha os arredores da boca toda molhada.

 

Trouxemo-lo para casa e, subitamente, quando estava a olhar para o meu Puck ele abriu os seus grandes olhos amarelos, muito depressa e ficou a olhar muito espantado. Depois começou a miar muito alto, uns gritos de agonia, ele estava com dores...

 

Como não podíamos fazer grande coisa decidimos dar-lhe um desparazitante para gatos, já tinham morrido por aqui alguns gatos por causa das lombrigas..... Tínhamos uma esperança vã de que fosse esse o problema, pois assim podíamos salvá-lo... mas os sintomas eram muito diferentes, quando o problema são os parasitas os gatos deixam de comer aos poucos até não comerem mais nada, depois andam dias e dias abatidos até morrerem, mas o Puck andava esperto e comia bem... mesmo assim decidimos tentar com o medicamento.

 

O gato não conseguia levantar-se, mas ele insistia... percebi que ele tentava ir à taça da água e, então, dei-lha. Depois de beber muita água ficou mais calmo e deitou-se.

 

Eu e o meu pai não saíamos de perto dele e fazíamos-lhe festas ara o acalmar enquanto ele alternava por fazes de calma e fazes mais agitadas, quando tinha dores, em que ele se contorcia a miava de aflição.

 

O meu pai chorava, aquele era, de todos os gatos que tivemos, o que ele mais gostava... Eu não chorei...acho que já estou tão habituada a ver os meus animais morrer que já fico mais ou menos conformada quando estas coisas acontecem...

 

De repente, enquanto ele se contorcia no meio de um ataque de dores, o gato parou de se mexer...de respirar...foi então que ele deu uma golfada de ar, que mais parecia um soluço...O meu pai disse:"foi o último suspiro..."... No entanto o Puck deu mais um suspiro....e outro...e outro...até que recomeçou a respirar, a principio desreguladamente e depois de forma mais controlada.

 

O gato, apesar de desmaiado, estava a respirar normalmente, daí a poucos minutos voltou a acordar. Levá-mo-lo para o meu quarto, para a frente do aquecedor, pois ele tinha as patas muito frias...

 

Estas crises aconteceram mais umas cinco vezes: o gato estava melhor, vinham as dores agonizates e ele desmaiava, parava de respirar, poucos segundos depois recomeçava a respirar, começava por mexer uma ou outra pata e acordava...

 

Eu e o meu pai tínhamos uma esperança fantasiosa de que o gato pudesse sobreviver, afinal já o tínhamos dado por morto seis vezes (quando o encontramos e de cada vez que ele desmaiava) e ele voltava sempre a ficar melhor... infelizmente era só esperança, era fé, era talvez uma forma de suportarmos melhor a situação, com mais alento... Depois de muito sofrer o meu Puck desmaiou...mas desta vez, apesar de eu olhar atentamente para ele à espera de o ver respirar e apesar de ele se mexer de vez em quando, ele não voltou a respirar...eu olhava para o relógio para ver quanto tempo estava ele sem ar, ainda com esperança, esperança infrutífera, que ele se safasse...mas o tempo passou, passou, passou e não voltei a ver aqueles grandes olhos amarelos...

 

Aquele foi m gato muito especial, diferente de todos que já tive... meigo, muito preguiçoso, com um miar muito fora do comum... gordo, grande, (daí a sua alcunha de “Peru”, dada pela minha manita Kita quando se deparou com aquela “abantesma”, como o meu pai carinhosamente, por vezes, lhe chamava) amarelo e com uma particularidade: nasceu com a ponta do rabo partida, em forma de L.

 

Só sei que nunca vou esquecer o meu Puck nem aqueles seus meigos e redondos olhos amarelos que eu tanto gostava...

 

Puppydog, 18 de Março, 22:42(Sernelha/Coimbra)

publicado por blackdrop às 22:41
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